segunda-feira, outubro 22, 2012

LUZ

Hoje, uma mão negra apagou o sol.
Era uma mão bruxulenta,
De dedos maldosos,
Que empunhava a dor.
Era uma mão perdida,
Banhada em sangue.
Uma mão sem alma, sem paz.
Uma mão capaz arrancar as flores,
Esmagar sonhos.
Essa mão ousou elevar-se contra o bem,
Ferindo mortalmente a dignidade,
A honra, o amor, o carinho e o companheirismo.
Destruiu sonhos, interrompeu planos.
Deixou órfãs as estrelas...
Elas não mais terão o brilho do sol por empréstimo.
Terão que criar sua própria luz;
Intensificar o brilho que restou em si.
Mas, nada será para sempre.
Um dia as estrelas poderão,
novamente, banhar-se no calor do sol.
Sem dúvida,
As mãos bruxulentas, cairão.
Não será duradouro o seu reinado.
Por que nenhuma ofensa ao BEM ficará impune.
Nenhuma força é grande o suficiente,
Nem poderosa o bastante,
para não se curvar diante DELE.
Hoje uma mão negra apagou o sol.
Mas, todo eclipse como esse, é temporário.
Nenhuma mão é capaz de apagá-lo permanentemente.
Seu brilho foge por entre os dedos,
E chega a plenitude em outro plano.
Porque todo aquele que crer não perecerá jamais.

Verônica Bastos
20/10/2012

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