Como pode eu,Embriagada pela águas límpidas,
Águas que escorre por entre as pedras,
Permanecer sóbria perante o mundo?
Como pode eu,
Viajar por tantos lugares,
Conhecer mundos distantes,
Sentada diante do mar?
Como sei eu,
Dos cantos dos homens maus,
Dos leitos selvagens de amor,
Se vivo perdida no infinito?
Como percorre o mundo, eu,
Se presa ao chão,
Despida da razão pelos ventos,
Permaneço no mesmo lugar?
Como conhece eu,
Se a morte chegou ou partiu,
Se o sol nasceu ou se pós,
Se vivo ou vegeto,
Se não encontro-me?
Como posso saber eu?
Como pode viver eu?
Como pode conhecer eu
Ou esquecer tantas coisas,
Se não na imaginação?
Verônica Bastos
16JAN1995
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