sexta-feira, agosto 18, 2006

PERDIDA

Talvez não saibas,
Mas arde em mim à solidão
Consome-me como se fossem chamas dos infernos.
Queima minha carne, ferve meu sangue,
Tosta meus ossos.

Talvez não saibas,
Mas doem em mim os ventos, as brisas.
Estou tão cansada.
Meus pés congelam aos ventos fortes.

Talvez não saibas,
Mas morrem em mim as chuvas
Machuca-me, fere-me.
Rola dos meus olhos e morre aos meus pés.

Talvez não saibas,
Mas tormenta-me a noite fria,
Cega-me a alegria brilhante do sol.
Arde em mim à solidão de tua ausência.

Verônica Bastos
25MAI1995

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