segunda-feira, agosto 21, 2006

AMIGO MEU


Que fazes amigo meu
Olhando tão sublimemente,
Perdido no teu íntimo,
Enamorando o infinito?

Que buscas no horizonte?
Em que sonho te perdes?
Não há tempo em te,
Tempo para o glamour do próximo.

Em que universo habitas
Que não te prendes ao instante?
Sucumbe em um vazio
Que colores de sonhos mortos.

É triste te ter assim,
Perdido num mundo só teu
Incapaz de me perceber
Tão perto e tão tua.

Que passas meu amigo?
Que acontece em tua mente brilhante,
Mas tão fachada em te
Num egoísmo displicente?

Que preço devo pagar
Em teu resgate amigo meu,
Para que se volte ao presente
E se perca nos braços meu?

Que vida procuras?
Em que tempo te sucumbes,
Que tomas minha mão
Mas viaja sozinho em devaneios?

Que passas amigo meu
No tormento do silêncio?
Que alma perturba teu sono
E apaga a realidade?

Que triste castigo tomas?
Quão pesada é tua cruz,
Que te curva as costa
E perdem-se os olhos?

Que felicidade tens aí?
Porque os relampejos de tristeza?
Venha, perca-se em meu colo,
Embriague-se de vida.

Porque te calas assim?
Escondes em teus medos.
Permita-me entrar, divida tua cruz.
Achochegues aqui em meu peito.

Porque ser herói?
Pode ser simplesmente homem
Tem em mim um porto seguro
O alento para teus medos.

Verônica Bastos
05SET2002

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Vê, adorei o poema, parabéns!!! Até que enfim você fez esse blog, agora só falta o meu também...rsrsrsr. Bjs

Anônimo disse...
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