sábado, março 08, 2008

LIVRE

Porque me tomás amor?
Não sou sua.
Não sou de ninguém.
Minhas raízes são aéreas;
As razões sem regras.
Meus caminhos são bifurcações;
Não sou árvores, sou pássaros;
Não tenho dono, nem laços.
Sou do tempo, do povo.
Sou assim sem forma, sem cor;
Sem limites, sem reservas, sem medo;
Não tenho passado, nem futuro.
Sou uma célula em metamorfose,
Alucinada pela vida.
Sou assim amor:
Toda sua, toda minha;
Sou mulher.

Verônica Bastos
13ABR2002

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