Talvez não saiba,
Mas arde em mim à solidão.
Me consome como se fossem chamas dos infernos.
Queima minha carne, ferve meu sangue,
Tosta meus ossos.
Talvez não saiba,
Mas doem em mim os ventos, as brisas;
Estou tão cansada.
Meus pés congelam aos ventos fortes.
Talvez não saiba,
Mas morrem em mim as chuvas.
Machuca-me, fere-me,
Rola dos meus olhos e morre aos meus pés.
Talvez não saiba,
Mas me tormenta a noite fria,
Cega-me a alegria brilhante do sol.
Arde em mim à solidão de tua ausência.
Verônica Bastos
25MAI1995
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